Manejo de Doenças em Soja: O que esperar da Safra 25/26?
Em um evento exclusivo, realizado na Estação Experimental Agrocarregal em Rio Verde, Goiás, a Sumitomo Chemical reuniu especialistas para um bate-papo direto do campo sobre o manejo de doenças em soja e as perspectivas para a safra 25/26.

Sob a mediação de Marcelo Figueira, a conversa contou com a presença de Gabriel Zeni (Sumitomo Chemical), Ayrton Berger Neto (BW Agroserviços) e o anfitrião, pesquisador Luis Henrique Carregal.
O encontro abordou os principais desafios fitossanitários do campo, destacando a importância da inovação e da pesquisa para proteger a produtividade da lavoura.
Um Panorama da Safra 24/25 e os Desafios à Vista
A safra 24/25, apesar de ter alcançado uma produtividade recorde no Brasil, com média de 59 sacos por hectare, trouxe importantes lições sobre o impacto das doenças.
O pesquisador Gabriel Zeni revelou dados da CONAB e do CONATEP, destacando o Mato Grosso com uma média de 66 sacos por hectare e Goiás no topo, com 69 sacos por hectare.
Apesar desses números impressionantes, as doenças continuam sendo uma ameaça constante.

A conversa se aprofundou nas diferenças regionais. O pesquisador Ayrton Berger, da região Sul, explicou que a Ferrugem Asiática, apesar de ter tido uma menor incidência no último inverno rigoroso, continua sendo uma preocupação central.
Já o pesquisador Carregal, do Centro-Oeste, reforçou a crescente preocupação com doenças como a Mancha-alvo e DFCs, que têm se tornado cada vez mais expressivas nas lavouras.
O Risco de Perdas e o Combate à Resistência
Um dos pontos mais debatidos foi o impacto financeiro do manejo incorreto. A falta de controle adequado de doenças foliares pode levar a perdas de até 20 sacos por hectare, um prejuízo que, em uma soja de alta produtividade, é inaceitável.
O pesquisador Ayrton Berger Neto ressaltou essa realidade: “Para nós, dentro de alguns estudos, a gente fechou uma média de perdas entre 20 a 23 sacas por hectare.”
Os especialistas também aprofundaram a discussão sobre a resistência de fungos aos ativos químicos. Carregal explicou que a resistência é um processo natural e que os fungicidas atuam apenas como agentes de seleção. Para mitigar esse risco e garantir a longevidade das moléculas, a rotação de ativos e o uso de multissítios são práticas fundamentais.

Ayrton Berger pontuou que os multissítios, que antes não eram tão comuns, hoje são cruciais para o manejo de resistência, principalmente em cenários onde a eficácia de alguns triazóis já não é a mesma.
“Quando eu não coloco fungicida e multissítio nessas aplicações… estamos falando de uma diferença de 10, 12 sacos por hectare a menos.”, concluiu ele, destacando o retorno sobre o investimento.
Inovação e a União entre Indústria e Pesquisa
A live também abordou um tema de grande relevância: a importância da união entre a indústria e a pesquisa para levar informações confiáveis ao produtor.
O pesquisador Carregal, que trabalha com pesquisa há mais de 25 anos em Rio Verde, ressaltou que a parceria com a indústria é fundamental para diagnosticar problemas e encontrar soluções.”É sempre estar na vanguarda da informação,” afirmou ele.
Essa colaboração contínua reflete o compromisso da Sumitomo Chemical com o campo, trazendo não apenas inovações, mas também o conhecimento necessário para o produtor tomar decisões assertivas.
Como destacou Zeni, a Sumitomo Chemical investe em um programa de sensibilidade dos patógenos, que em parceria com a pesquisa, fortalece a cadeia e dá segurança aos posicionamentos.
O ápice do evento foi a apresentação de uma das maiores inovações no manejo de doenças da soja: o metiltetraprole, uma nova tetrazolinona descoberta pela Sumitomo Chemical.
“Ela vai ser um divisor de águas no manejo,” comentou o pesquisador Carregal.
O novo ativo, além de sua alta eficácia em doenças como a Cercóspora, apresenta amplo espectro de controle para outros cultivos como milho, trigo, cevada e algodão.
“Acredito que por mais de 10 anos, a gente não vê uma inovação tão legal assim no campo,“, reforçou o pesquisador Ayrton Berger.
Manejo de Doenças em Soja: Dicas dos Especialistas para a Safra 25/26
Ao final, os especialistas deixaram dicas valiosas para o produtor se preparar:

Monitore a sua lavoura
“Acompanhar a lavoura, descer do carro, entrar na lavoura, isso é fundamental.”, comentou o pesquisador Ayrton Berger. O monitoramento constante e alinhado com as informações climáticas é crucial para tomar decisões assertivas.
Siga a recomendação técnica
Faça a rotação de ingredientes ativos e use multissítios nas aplicações. O uso de triazóis, por exemplo, deve ser feito de forma consciente e com o conhecimento de sua eficácia em diferentes regiões e condições.
Confie em informações locais
O produtor rural deve se abastecer de informações e fontes que ele realmente confia, como a pesquisa regional, evitando opiniões sem embasamento técnico que circulam na internet.
A live completa já está disponível no canal do YouTube da Sumitomo Chemical. Assista e prepare-se para uma safra de alta produtividade.
Quer saber mais? Entre em contato com nosso SAC Sumitomo Chemical Brasil pelo telefone 0800-725-4011, WhatsApp (85) 98128-3297 ou e-mail sac@sumitomochemical.com.
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