O custo bilionário das doenças da soja causa preocupação
Em cenário de descontrole da ferrugem asiática, os sojicultores podem registrar perdas que totalizariam R$ 39 bilhões em 2025.
A incidência de doenças da soja exige cuidados rotineiros a cada safra. Para preservar a sanidade da lavoura, é importante realizar um monitoramento adequado para diagnosticar os primeiros sintomas de uma doença e adotar boas práticas de manejo que sejam capazes de controlar os patógenos no momento certo e minimizar perdas.
No Brasil, existem inúmeras doenças identificadas pelo Ministério da Agricultura que afetam a cultura da soja1. Entre os diversos possíveis sintomas de doenças, o sojicultor pode observar morte de plântulas, variados tipos de manchas, lesões nas folhas, desfolhamento, maturação precoce, abortamento de vagens, deficiência nutricional, deterioração de sementes, quebra da haste, clorose e necrose de folhas, além de infecção, mudança de cor, manchas e até rompimento de raízes2.
As doenças evidentemente causam prejuízos preocupantes. Na maioria dos casos, o produtor consegue visualizar a olho nu – e lamentar – os danos causados na lavoura. No entanto, ainda é desafiador mensurar as perdas que cada doença pode gerar no cultivo de soja. Os impactos variam conforme a variedade de soja e seu potencial produtivo, densidade da plantação, clima na região da fazenda, tecnologia de aplicação e performance dos defensivos agrícolas escolhidos, entre outros detalhes. Com base no investimento em insumos e perspectiva de produtividade em uma determinada área, o produtor consegue imaginar o que essa ameaça representa.
A complexidade de fatores que interferem no manejo agrícola e o enorme leque de doenças existentes no Brasil afasta a possibilidade de realizar um cálculo exato acerca dos prejuízos financeiros causados pelas doenças nas lavouras de soja. No entanto, existem estimativas que tentam demonstrar o impacto desse problema, com prejuízos na ordem de bilhões de reais.
Doenças da soja: Ferrugem asiática
A ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e que representa a doença mais preocupante para a sojicultura, é alvo frequente de estudos científicos. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo, realizou um estudo com base nos custos de produção registrados na safra 2016/17. Em uma simulação, os pesquisadores estimaram qual seria o cenário se não houvesse manejo algum da ferrugem asiática. Com essa situação hipotética, sem quaisquer aplicações de fungicidas, a ferrugem asiática descontrolada comprometeria as lavouras de tal modo que a oferta de soja cairia 30% na temporada 2016/17, resultando em perdas financeiras de R$ 11,7 bilhões para o segmento3
Outro dado interessante é da Embrapa, cujo cálculo indica que a ferrugem asiática possui um custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra no Brasil, de acordo com o trabalho realizado pelo programa de monitoramento Consórcio Antiferrugem. Esse número traduz o impacto econômico da doença, considerando que os sojicultores precisam realizar investimentos e buscar diferentes estratégias para combater o fungo Phakopsora pachyrhizi como, por exemplo, respeitar o vazio sanitário da soja, optar pela semeadura no início da janela de cultivo, escolher cultivares precoces ou com genes de resistência e fazer uso de fungicidas em rotação de ativos e modo de ação4.
O sojicultor brasileiro tem consciência de que a aplicação de fungicidas é indispensável para controlar doenças na sojicultura e minimizar perdas. As dúvidas mais comuns que podem surgir sobre o tema estão relacionadas à escolha de produtos, estratégias para rotacionar ingredientes ativos, diferentes modos de ação, e mensuração de performance. Um estudo da Embrapa em campos experimentais constatou que a aplicação de fungicidas reduz significativamente a severidade da ferrugem asiática e a porcentagem de controle dos produtos utilizados no estudo variou de 48% a 79%5.
Dada a importância dos fungicidas, busca-se compreender a sustentabilidade dessas tecnologias no longo prazo e a possível evolução no manejo. A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), por exemplo, é uma entidade que têm buscado lançar um olhar para o futuro do manejo de doenças na soja, conscientizando sobre os perigos da ferrugem asiática e o avanço de outras doenças, como a mancha-alvo e o oídio.
Em um estudo recente, a Abag alertou sobre o número reduzido de opções de produtos químicos para manejo da ferrugem, a exposição dos fungicidas à doença em decorrência do cultivo de soja safrinha e aplicações inadequadas fora do período ideal de controle. De acordo com a pesquisa “O Futuro da Soja Nacional”6, nas fazendas brasileiras, são realizadas cerca de três aplicações de fungicidas para controle da ferrugem asiática a cada safra. O estudo fez simulações para o futuro e uma das perspectivas prevê que a necessidade de controle eleve o número total de aplicações para cinco.
A Abag ressalta que, entre os quatro grupos químicos utilizados no combate à ferrugem asiática, dois grupos já vêm perdendo eficiência. Se a sojicultura brasileira tiver problemas para manejar a ferrugem asiática em função da perda de eficácia dos fungicidas disponíveis, o cenário será desastroso. Em uma das hipóteses levantadas pelo estudo, a sojicultura brasileira pode registrar quebra de 30% da produção na safra 2025/26, representando perdas de mais de 36 milhões de toneladas da oleaginosa. A conta dos sojicultores ficaria no vermelho com perdas de R$ 39 bilhões “dentro da porteira”, isso sem contar os prejuízos na cadeia de insumos, serviços e exportações de grãos.
Diante dos riscos que a ferrugem asiática e outras doenças representam para a sojicultura, os lançamentos de novas tecnologias de manejo são aguardados ansiosamente. A Sumitomo Chemical é uma empresa comprometida com a inovação, que investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento para oferecer novas soluções aos agricultores.
Entre as novidades esperadas, a Sumitomo Chemical planeja lançar um produto com novo ingrediente ativo para combater as principais doenças fúngicas na soja. A nova tecnologia permitirá um controle consistente especialmente da ferrugem asiática e da mancha alvo. Os produtores brasileiros podem esperar uma solução inovadora com poderosa ação sistêmica nas plantas de soja, para um manejo com eficácia superior.
Está chegando um fungicida gigante em performance, que foi idealizado para proteger o potencial produtivo e a lucratividade do sojicultor, trazendo segurança, confiança e satisfação para o campo. Fique atento e acompanhe os canais de Comunicação da Sumitomo Chemical para conhecer o lançamento no segundo semestre de 2021.
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Referências:
1 Consulta no Agrofit, disponível em: <https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons/>.
2 Manual de identificação de doenças de soja, disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/105942/1/Doc256-OL.pdf/>.
3 Mensuração econômica da incidência de pragas e doenças no Brasil, disponível em: <https://www.cepea.esalq.usp.br/upload/kceditor/files/Cepea_EstudoPragaseDoencas_Parte%201.pdf/>.
4 Ferrugem-asiática da soja, disponível em: <https://www.embrapa.br/soja/ferrugem>.
5 Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi, na safra 2019/2020: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos, disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/215288/1/CT-160-OL.pdf/>.
6 O Futuro da Soja Nacional, disponível em: <https://abag.com.br/wp-content/uploads/2020/08/0-futuro-da-soja-nacional-ieag-abag-min.pdf>.
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