Elimine as plantas daninhas da pastagem e melhore a qualidade para o rebanho
Conte com o controle químico para realizar a limpeza do pasto, favorecendo o desenvolvimento das forrageiras e a capacidade de suporte aos animais
No Brasil, os rebanhos bovinos são majoritariamente alimentados a pasto, com possibilidades de suplementação mineral e proteica e terminação em semiconfinamento ou confinamento. O pasto é a base principal da nutrição bovina, é o que sustenta o desenvolvimento e engorda dos animais. Por isso, a qualidade nutricional da forragem impacta no desempenho animal.
Mas como ter uma alimentação adequada para o rebanho se a pastagem estiver degradada? Os cuidados com o manejo de pastagens são determinantes para o sucesso do sistema de produção da pecuária porque a produtividade do rebanho e rentabilidade do pecuarista estão diretamente ligadas à qualidade das forrageiras.
Pensando nisso, um dos assuntos que mais chamam atenção é a incidência de plantas daninhas, que precisam ser controladas para que não causem prejuízos ao pasto. A presença de plantas daninhas da pastagem é um sinal de alerta para o pecuarista. Elas podem indicar que a área sofre com superpastejo (excesso de bois no local), o que debilita a pastagem e favorece o surgimento das ervas. Ou, ainda, pode ser um sinal de processo de degradação da pastagem.
Matocompetição
Um estudo realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência, Tecnologia Goiano avaliou a interferência de invasoras durante a implantação de pastagem Panicum maximum cv. Massai e na rebrota da forrageira após o corte, por exemplo.
Ficou comprovado que as plantas daninhas que ocorreram no experimento de convivência com P. maximum cv. Massai afetaram a porcentagem de cobertura da superfície do solo (PC), altura de plantas (AP), número de perfilhos (NP), massa seca de folhas (MSF), massa seca de colmos (MSC), relação folha:colmo (RFC) e massa seca de estruturas reprodutivas (MSER). Nos modelos conduzidos pela pesquisa, observaram-se para a convivência de plantas daninhas com a forrageira que a queda da produção atingiu 95% de redução no rendimento forrageiro até os 66 DAE (dias após a emergência) (OLIVEIRA et al., 2020).
Esses prejuízos ocorrem em consequência da matocompetição. As plantas daninhas se caracterizam pela capacidade de crescimento rápido e pelo alto poder de reprodução. Elas competem por nutrientes, água, luz solar e espaço. Além disso, as plantas daninhas formam bancos de sementes no solo que podem ficar em estado de dormência. Essas características das plantas daninhas permitem que elas se propaguem com facilidade e garantem a sobrevivência delas por um longo período.
Plantas daninhas como a Spermacoce latifolia (erva-quente), a Commelina benghalensis (trapoeraba) e Euphorbia heterophylla (leiteiro) são espécies agressivas que ganham na competição com a forrageira, gerando prejuízos para o desenvolvimento da pastagem. Além disso, algumas espécies, como a Acacia plumosa (arranha gato), apresentam espinhos e podem causar ferimentos nos animais. Outras, como a Palicourea marcgravii (erva de rato), são tóxicas e podem causar envenenamento nos bois. Ou seja, as infestações de invasoras na pastagem são um pesadelo que não deve ser negligenciado pelo produtor.
![Cafezinho ou erva de rato (plantas daninhas da pastagem)](https://www.sumitomochemical.com.br/wp-content/uploads/2023/05/Cafezinho-ou-erva-de-rato-Palicourea-marcgravii.jpeg)
Manejo de plantas daninhas da pastagem
Um dos métodos de controle tradicionais é a roçada, sendo de forma manual ou mecânica e o controle químico. No entanto, o controle mecânico elimina a parte aérea da planta daninha e deixar no campo o sistema radicular da invasora, favorecendo o retorno da infestação. Esse método também pode revolver o solo, quebrando a dormência de sementes presentes na área.
Já o método de controle químico é uma alterativa rápida e segura, que se mostra mais eficiente e sustentável para o controle das invasoras. A adoção de um herbicida com seletividade à forrageira permite eliminar as plantas daninhas sem comprometer o rendimento da pastagem.
Mas, antes de iniciar o controle químico, é preciso se atentar a alguns detalhes para planejar melhor o manejo. É importante realizar a correta identificação das espécies de plantas daninhas presentes na área, tipo de folhagem e estádio de desenvolvimento das plantas daninhas. Isso vai orientar na escolha do herbicida mais indicado para a ocasião. A depender da espécie infestante, a melhor estratégia pode ser uma combinação de controle químico e mecânico.
É importante classificar os tipos de plantas daninhas presentes na área, se são plantas daninhas de fácil, médio ou de extrema dificuldade de controle e avaliar atentamente as condições da área para definir se a melhor solução para o manejo seria aplicar um herbicida, seguindo corretamente as recomendações de bula do produto. Avaliando a densidade de infestação e topografia da área, o pecuarista pode descobrir qual estratégia terá melhor custo-benefício. Quando a área se encontra muito degradada, o pecuarista deve ponderar a possibilidade de recuperação e reforma da pastagem.
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Referências:
OLIVEIRA, Gustavo Silva de et al. Interferência de plantas daninhas na implantação e rebrota de pastagem de Panicum maximum cv. Massai. Agrarian, Dourados, v. 13, n. 48, p. 178-186, jul. 2020. Disponível em: <https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/agrarian/article/view/9599>. Acesso em: 14/10/2020.
OLIVEIRA, M. F. de; WENDLING, I. J. Uso e Manejo de Herbicidas em Pastagens. Embrapa Milho e Sorgo, Folheto, n. 165, Sete Lagoas, MG, dez. 2013.
PEREIRA, F. de A. R.; VERZIGNASSI, J. R.; ARIAS, E. R. A.; CARVALHO, F. T. de; PAULA E SILVA, A. de. Controle de plantas daninhas em pastagens. Embrapa Gado de Corte, Folheto, n. 185, Campo Grande, MS, dez. 2011.
SOUZA FILHO, Antonio P. da S.; DUTRA, Saturnino; SILVA, Maria A. M. M. Métodos de superação da dormência de sementes de plantas daninhas de pastagens cultivadas da Amazônia. Planta daninha, Viçosa, v. 16, n. 1, p. 3-11, jun. 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-83581998000100001&lng=en&nrm=iso >, acesso em: 14/10/2020.
Plantas daninhas em pastagens, espécies e sua biologia. Scot Consultoria. Disponível em: https://www.scotconsultoria.com.br/noticias/artigos/51832/plantas-daninhas-em-pastagens-especies-e-sua-biologia.htm/ acesso em: 13/10/2020.
Créditos:
Imagem de Capa: ANDRADE, Carlos Maurício Soares de. Pastagem infestada com o capim-navalha (Paspalum virgatum) na Amazônia. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-imagens/-/midia/2096001/capim-navalha-paspalum-virgatum, acesso em: 13/10/2020.
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